18h56 Hora da Costa Leste.23h56 Hora de Greenwich Aeroportos são verdadeiras câmaras de tortura quando se tem claustrofobia.Não apenas por causa do iminente perigo -ficamos presos como sardinhas e somos catapultados pelo ar dentro de tubo de metal-, mas também por causa dos terminais, da quantidade de pessoas, da confusão que turva a vista, do zumbido que atordoa, de todo o movimento e do barulho, do frenesi e do vozerio, tudo isso selado por janelas de vidro, como se fosse uma monstruosa fazenda de formigas. Isso é Apenas uma das várias coisas que ~*seunome*~ está tentando ignorar enquanto espera no balcão de embarque.Está ficando escuro e o avião já deve estar sobrevoando o Atlântico. Ela pode sentir alguma coisa em seu interior se desfazendo, como o ar que sai lentamente de um balão. Parte da sensação se relaciona ao voo muito próximo e parte ao aeroporto em si, mas o maior problema - o maior de todos - é saber que vai se atrasar para um casamento ao qual nem queria ir. Essa ironia do destino a faz querer chorar. Os atendentes da companhia aérea se reuniram atrás do balcão e olham para ela com impaciência. A tela atrás deles já anuncia o próximo voo do JFK para Hearthrow, um voo que só sairia em três horas. Fica cada vez mais claro que é ~*seunome*~ quem está impedindo que o expediente da equipe acabe.-
-Lamento, senhora - diz uma das atendentes, disfarçando um suspiro. - Não há nada que possamos fazer, a não ser coloca-lá em um noo mais tarde.
~*seunome*~ concorda. Ela passou as últimas semanas desejando secretamente alguma coisa desse tipo acontecesse, embora as cenas que imaginou fossem mais dramáticas: greve nacional dos aeroviários, uma chuva de granizo épica, um caso raro de gripe ou de sarampo que a impedisse de viajar. Seriam razões perfeitamente aceitáveis para que não visse o pai caminhando pelo corredor da igreja para se casar com uma mulher que ela nunca havia encontrado.
No entanto, atrasar-se quatro minutos para o voo soava um pouco conveniente demais, até suspeito, e ~*seunome*~ não sabe ao certo se seus pais -tanto o pai quanto a mãe- entenderiam que não foi culpa sua. Na verdade, isso provavelmente faria parte da pequena lista de tópicos sobre a qual os dois concordavam.
Foi ideia dela faltar ao ensaio para o jantar e chegar em Londres na manhã do casamento. ~*seunome*~ não via o pai havia mais de um ano e não achava que seria capaz de sentar em um salão com todas as pessoas mais importantes para ele - amigos e colegas de trabalho, o mundinho que construiu no outro lado do oceano- enquanto brindavam a sua saúde, felicidade e vida nova. Se pudesse decidir, nem iria ao casamento, porém essa decisão não foi negociada.
Gente linda desculpe esse cap pequenino ... ou médio . enfim depois eu posto mais bjs , vo para a Avaliaçao do book
Dps posto Mais Kisses
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